segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Resistência e luto

Vim fugido de mãe terra,
disseram que virei bandido,
porque penso diferente,
como meu povo oprimido.
Lá tem pretos e tem brancos,
povo multicolorido.
Como sou bom capoeira,
Eu seguirei resistindo.
Resiste capoeira,
resiste meu irmão.
Resiste a capoeira,
a qualquer forma de opressão.
Hoje seguimos em luto,
fomos derrubados ao chão.
Mais parece um terremoto,
aqui em nossos corações.
E apesar de ter caído,
Sigo com minha oração.
Porque quem é bom capoeira,
levanta de um escorregão.
Resiste capoeira,
resiste meu irmão.
Resiste a capoeira,
a qualquer forma de opressão.

domingo, 21 de outubro de 2018

Militância Viva

Milito não por que quero, mas simplesmente porque preciso.
Milito não pelo PT-lixo, mas contra o algoz que é temido.
Milito não só por um partido, mas pela permanência do multipartidarismo.
Milito pelo nosso povo oprimido, que não para de receber sacode de milico.
Milito pelo povo preto e vermelho, e não pela bandeira verde-amarela que virou símbolo de autoritarismo.
Milito pelas mulheres, pelos homens, e pelas crianças, para que possamos vencer toda espécie de machismo.
Milito pela sobrevivência do nosso povo, que de alegre tem se tornado entristecido.
Milito para defender os direitos civis conquistados com bravura pelos que saíram às ruas, não por aqueles que se esconderam feito ratos, como faz o opressor que repudio.
Milito pelo Brasil, terra de guerreiros e não de covardes feito o inimigo.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

ParqueMinhocão_downtowSP

Foi numa tarde que eu aprendi,
a pedalar minha bike com muita emoção.
E já sem rodinhas eu prossegui,
Tudo isso num novo parque, um tal de Parque Minhocão.

E pedalando por essa via extensa,
mesmo sabendo ser uma pura aberração,
sigo ressignificando o uso dessa construção suspensa,
rodopiando e desenhando e cantando uma canção.

É verdade que muito ainda está por fazer,
são apenas os estágios iniciais dessa nova ocupação.
Porém, começamos a ver o fenômeno acontecer,
E por isso nos juntamos por toda esta região.

Faço votos que todos venham, 
para brincar e se realizar. 
Pois ainda que sem muitos espaços públicos verdes,
as sementes de downtownSP já começaram a brotar.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Bugado

Meu relógio bugou,
e com ele eu buguei junto.
2h35 a mais do que a hora que deveria estar marcada.
E nada de conseguir fazer o ajuste, tava tudo desincronizado.

Tentava arrumar pela função manual,
Mas o relógio me dizia que eu estava sem localização,
GPS sem localização, um Garmin? Fiquei perdidasso.
Mal eu sabia que estava sendo restaurado, eu, não o relógio, que tentei reinicializar várias vezes e nada.

Meu relógio bugou,
mas fui eu quem fui bugado.
E não era a presunção da nossa catástrofe, que há de ser superada.
Foi na esfera cerebral, pois estava muito eletrizado.

Depois de horas o relógio foi finalmente encontrado,
Via satélite fui também resgatado,
das ideias que por hora me embaralhavam.
E se há horas em que até mesmo o melhor dos GPS falha, quem seria eu para achar que algum dia não poderia ser bugado?

domingo, 4 de março de 2018

Batidas desenfreadas

Uma baita saudade eu sinto de você,
que o coração pula forte quando penso em te rever.
Pode ser até loucura, mas não quero te esquecer,
pois eu quase que infarto quando penso em te perder.

Como gosto do seu jeito,
sua maneira especial de ser.
De toda a harmonia que lhe traz o florescer,
E seu olhar singelo, igualzinho ao amanhecer.

Por favor não me abandone,
acredite em meu querer.
Pois apesar de não me ver,
lembre do meu sincero esplandecer.

Fiquei marcado por seu toque,
não sei nem o que fazer,
E o que vai acontecer,
Talvez nem o destino saiba me dizer.

quinta-feira, 1 de março de 2018

Peixe

Hoje eu nadei bem bonitão,
parecia um peixinho,
mas um pouco maiorzinho,
igualzinho a um tubarão.

Eu nadei bem rapidinho,
e puxei aquele arsão,
para ir lá no fundão,
tudo isso bem de mancinho.

Como eu amo o marsão,
Lá embaixo tudo é tão lindinho,
Será um grande piscinão?
Quantos peixes, tem os grandes e os pequenininhos.

E agora que sou grandinho,
feito um meninão,
Já não vou só no razinho,
Mergulho em meio a imensidão.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Doce selvageria

Eu poderia aos quatro cantos gritar,
com as força que Deus me deu,
sobre uma graça que me aconteceu,
e que fez meu coração despertar.

Não há dúvida, ou sequer um simples engano.
Sendo selvagem por natureza,
e adornada em sua tamanha beleza,
fui marcado por seu doce encanto.

Guerreira difícil de domar.
Morena do terreiro de bamba.
És uma legítima filha do samba, e seus verdes olhos não me escondem o desejo de se apaixonar.

Dá-me, então, tamanha oportunidade de alegria.
Pois não quero apenas te abraçar e beijar.
Isto pouco seria diante do meu amar.
Saiba que estarei aqui ou ali, a espera da sua doce selvageria.