- Você anda correndo? Perguntou o manobrista do estacionamento em que paro a minha moto.
De fato, ele sempre me vê correndo, correndo da vida, na vida, da hora, e para entrar na hora, mas também para treinar, e até quando estou andando, para ele, eu estou correndo.
- Literal, ou figurativamente? Pergunto com um sorriso.
- O quê? Retruca com uma interrogação em meio ao olhar.
Certamente perplexo, mais do que eu: "Como alguém pode fazer isso?".
- Sim, literal, lateral, e figurativamente, também. Respondo.
- O quê? Questiona, novamente, sem já não entender o curso da conversa.
Nos acenamos em despedida, com um sinal de joinha que correu rapidamente pelo espaço enquanto voltava à minha corrida diária.
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